sábado, 21 de maio de 2011

A questão Palestina

Escrito por: 
Alini T. Silvestrini; 
Sara Jane B. de Souza; 
Juliane C. de Lima;
Gustavo Henrique do Carmo.

Os conflitos entre palestinos e israelenses é caso antigo e vem desde o segundo milênio antes de Cristo, ainda com os Filisteus e Hebreus. O movimento sionista aconteceu durante o século XIX, liderado por Theodor Herzl, com o objetivo de criar um Estado judeu dentro do território palestino, e surgiu assim a Organização Sionista Mundial. Durante a Primeira Guerra Mundial, os europeus interessados no petróleo e no ponto estratégico da região começaram a se infiltrar dentro da região e nesta época a Inglaterra passou a dominar a Palestina. Lord Balfour, ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretânia prometeu aos judeus a criação do Estado de Israel, dizendo que eles, os judeus, poderiam comprar as terras. Com isso, os judeus compraram grandes quantidades de terra e foram se estabelecendo em núcleos cada vez maiores. Durante a Segunda Guerra Mundial, com a perseguição alemã contra os judeus, grande quantidades de judeus emigraram para o Oriente Médio, com foco na Palestina. Devido ao Holocausto, mais de 6 milhões de judeus mortos nos campos de concentração, e devido a este massacre de judeus, eles passaram a ter apoio dos Estados Unidos da América para que os Ingleses liberassem a imigração de judeus para a Palestina. Em 1948, com a saída dos ingleses da administração da Palestina e com a participação da ONU, o presidente Harry Truman decretou a divisão da Palestina em duas partes, onde os judeus ficaram com uma área maior, mesmo tendo a população inferior a dos árabes. A partir da divisão, durante o mesmo ano, David Bem Gurion líder sionista da época criou o Estado de Israel. Tem-se aí a primeira guerra árabe-israelense, 1948-1949. Milhares de árabes que viviam na parte destinada aos israelenses tornaram-se refugiados, muitos foram para Líbano, para Gaza ou para a Jordânia. Já em 1956, o Egito decidiu nacionalizar a empresa que controlava o canal de Suez e o fechamento do Eilat. Israel, juntamente com  Inglaterra e  França declarou guerra ao Egito, pois Israel sofria pela perda de contato com o Mar Vermelho que utilizavam para a irrigação e também para navegação. Com as pressões da ONU, Israel se viu obrigado a recuar suas tropas, resultando assim na reabertura do canal de Suez para a navegação. Mesmo vencido militarmente, Nasser (presidente do Egito) foi o grande beneficiário da crise, tendo um enorme prestígio entre os árabes. Ainda nesta época surge um grupo militar politico, o Al Fatah, considerados grupos terroristas e que tinha como líder o Yasser Arafat. O Fatah, como movimento anti- sionista, agia contra os judeus e tinha como objetivo a criação de um estado Palestino. Em 1967 Nasser foi estimulado a enviar tropas armadas para Sinai que havia sido ocupado pela ONU desde a crise de Suez e Nasser também queria fechar o Golfo de Ácaba para impedir o acesso de embarcações ao porto israelense de Eilat. Em 05 de junho do mesmo ano, Israel faz um ataque relâmpago contra o Egito, Síria e a Jordânia. A força israelense destruiu grande parte da aviação árabe e em seis dias o exército conquistou a Faixa de Gaza, o Sinai, a Cisjordânia e as colinas de Golan, na Síria. Em 22 de novembro de 1967, o Conselho de Segurança da ONU exigia que Israel saísse dos territórios ocupados em junho, mas o Estado decidiu anexar Jerusalém Oriental e se recusou a desocupar os territórios que serviriam de muro protetor. A Guerra dos Seis Dias foi uma grande humilhação para os árabes que foram vencidos por um pequeno país. A Arábia Saudita passa a ter o papel de mediadora do mundo árabe e graças a renda do petróleo ela passa a ser financiadora dos países árabes. A guerra fez com que Israel criasse uma nova imagem, um país pequeno que antes estava ameaçado pelos vizinhos árabes agora se tornam uma potência militar regional, onde não pensariam duas vezes para usar o seu poder bélico e  estavam cada vez mais aliado dos Estados Unidos da América, onde os judeus tinham uma comunidade ativa. Em 1970, num acontecimento conhecido como Setembro Negro, vários palestinos foram assassinados em conflitos entre o exército real da Jordânia e palestinos, com o motivo de que haviam uma vasta quantidade de palestinos dentro do território da Jordânia, que preocupava o rei Hussein. Somente com a assinatura do Acordo de Cairo a paz surgiu entre a Jordânia e os árabes. Ainda revoltados com a guerra de 1967 – Guerra dos Seis Dias, o Egito e a Síria provocam outra guerra em 1973, conhecida como a Guerra de Yom Kippur, feriado para os judeus, que significa o dia do perdão, onde os judeus passam o dia rezando em jejum. Os egípcios atacaram de surpresa os judeus que consequentemente os judeus responderam com violentos ataques a eles, porém, mesmo assim os egípcios avançaram 15 quilômetros dentro do território israelense. Neste mesmo ano, a Palestina esteve em foco internacional novamente quando começaram a utilizar o petróleo como arma e a OPEP parou de fornecer o produto para Israel e para os aliados do mesmo. Arafat insistia em solucionar a questão da Palestina, e juntamente com Hussein fizeram um acordo de paz com Israel, porém os israelitas não aceitaram. Em 1987 teve a rebelião popular em Gaza, onde o motivo foi o atropelamento de quatro palestinos por um caminhão israelense. Os adolescentes foram as ruas apedrejaram e atingiram com paus o exército de Israel. A resposta dos israelenses foi brutal, com vários espancamentos e a atitude deles foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU. No ano de 1982 houve a Guerra do Líbano, onde havia massacres entre pessoas de diferentes religiões como judeus, muçulmanos e cristãos, principalmente pela disputa do poder no Líbano. Houve durante esse período todo descrito três grandes crises do petróleo, onde a bolsa de valores de vários países caiu o que mostrou a importância e a dependência de alguns países com a OPEP. Os conflitos ocorridos na Palestina têm motivos diversos, que vai além das diferenças culturais e religiosas. Os interesses no petróleo, no ponto estratégico da região, a água e outros, são fatores que agravam ainda hoje os conflitos. Apesar de ter sido feito vários acordos, esta região dá sinais de que haverá muitos conflitos por vários anos. 

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